sexta-feira, 30 de julho de 2010

Forever Always

Hoje eu queria ficar o dia todo deitada na cama. Com o edredom até o nariz. Deitadinha, quieta no meu canto. Esperando aquele sonho voltar. Eu deitei. Virei. E nada dele aparecer. Eu fechei os olhos bem apertados, na esperança de que ao menos a lembrança dele me alegrasse. E me alegrou. No fundo eu sabia que era um sonho. Sabia que não era real. Mas eu lamentava muito já ter acordado. Como eu queria que ele fosse mesmo real. Que tudo aquilo estivesse mesmo acontecendo. Após muito tentar, forças maiores me obrigavam a levantar da cama e pensar em mais coisas. Totalmente relevantes no momento, mas eu estava sendo obrigada. Com trabalho e sem vontade nenhuma eu fui, bem lenta tentar levantar. Mas de um jeito delicioso, algo me puxava de volta para o travesseiro. E eu não queria de jeito nenhum sair dali. Após 5 minutos de grande luta contra meu grande desejo de continuar ali, totalmente inerte com meu sonho, e "as forças maiores" que me obrigavam a sair dali, ela me venceu. E lá fui eu, rumo ao banheiro, ainda enrolada no edredom. Me olhava no espelho e não conseguia acreditar que tudo não havia passado de um sonho. Era tão lindo. Tão perfeito. Nunca havia demorado tanto escovando os dentes e o cabelo. Rumo a cozinha me dei conta de estar de pé, acordada. Era difícil sentir a realidade. Depois do café, embora tivesse me alimentado direito, sentia um vazio muito grande. Voltei pra cama e mais uma vez apertei os olhos. Abracei a almofada, mas nada aconteceu. Eu estava mais acordada do que nunca. Após muito relutar, finalmente começava a me conformar que o sonho não voltaria. Numa tentativa - frustrada - de tentar acordar pra realidade, resolvi ligar o notebook - ainda na cama. Ao menos poderia escrever tudo e depois ler. E assim, me sentir um pouco melhor. Com tantas opções de distrações, nada me fazia perder o foco. De um jeito estranho tudo me fazia lembrar aquele sonho. E isso era bom. Quer dizer, em partes. Aquele grande vazio ainda tomava conta de mim. Tentei ouvir música, mas minha única vontade era chorar. Tentei ler - livros e blogs. Mas os livros que estavam ao meu redor só me lembravam mais o sonho. Parece que todos os blogs que estavam na lista, num passe de mágica, passaram a retratar do mesmo assunto. Uns como algo positivo, outros, levando para um lado totalmente negativo. Mas de um modo geral eram todos altamente lindos e perfeitos. E muito emocionantes. Num ataque repentino, levantei num pulo e saí de casa. Abri a porta da sala e me dei conta de que ainda estava de pijama. A preguiça também dominava. Voltar pro quarto e trocar de roupa estava um tanto fora de cogitação. Decidi permanecer ali mesmo. Me sentei ao lado das orquídeas, no quintal. Me veio uma vontade de sumir. Evaporar. Fechei mais uma vez os olhos, na esperança de sumir. Mas nada aconteceu. Já eram quase 10 horas da manhã. Os vizinhos da casa verde já deveriam estar pra começar a ensaiar - eles tinham uma banda de rock. 10:30. Eu já estava sentada ali fazia um tempo. 10:35 eles começaram a tocar. Ouvia bem o baterista ensaiar um solo. "Quem sabe eles não tocam alguma coisa bem animada e alta? Assim quem sabe eu poderia me distrair."- pensava eu em voz alta. Choque maior foi quando a primeira música começou. Não era nada do que eu imaginara. Era lenta. Eu me via sentada ao lado de uma flor recém desabrochada, no chão do quintal, ouvindo meus vizinhos da banda de rock tocando algo totalmente fora de repertório. Fiquei lá sentada por mais um bom tempo, até que algo veio ao meu encontro. Uma linda borboleta azul. Ela pousou no meu joelho e eu me senti feliz. Era como se estivesse sonhando de novo. E lá estava ela, parada, abrindo e fechando as asas e eu ali, sem pensar em nada, só a admirando. Estava tudo na santa paz. Eu não pensava em nada. A letra da música parecia ter desaparecido, e eu só escutava um violão sendo dedilhado, ao envez daquela guitarra de sempre. Aquilo era tão lindo. E, do nada, conforme veio, a borboleta abriu as asas e voou. Havia começado a chover. Eu estava muito bem disposta a permanecer ali. Mas o celular estava tocando. E eu, pelo toque, já sabia muito bem quem era. Embora o sentimento de não ver, ou ouvir ninguém naquele dia, tomasse conta de mim, uma parte de mim - beeeem lá no fundo- sabia que eu me sentiria melhor se ouvisse. Minha amiga. Ela falava e era como se todas aquelas palavras me confortassem. Eu me sentia como se estivesse no colo. Como se nada jamais pudesse me machucar. Ela dizia que embora noticias ruins estivessem pra chegar, nada importaria. Só importavam as coisas boas, felizes e aqueles que gosto e me valorizam. Dizia também que estaria sempre ali. E eu tinha toda certeza que estaria. Não sei bem como, mas tudo aquilo fazia muito sentido pra mim. Embora parecesse muito subliminar. O dia estava muito estranho. E de volta ao notebook, tudo se concretizava. Notícias tristes, feias e ruins chegavam a todo momento. Mas nenhuma delas chegava em maior quantidade do que as de amigos - embora muitas vezes eles nem ao menos soubessem de nenhuma delas. E, meio que do nada, como quando eu estava no quintal e a borboleta pousou, eu me sentia muiiito feliz. E aquele vazio que eu tinha dentro de mim, tinha sumido completamente. Após muitas risadas, músicas, filmes e etc, já era noite. Como que entregue pela minha fada madrinha, aparecera muito chocolate na geladeira. Eu bem perguntei se tinha dono, mas ninguém se consagrava proprietário daquele tesouro. O dia estava um tanto como estranho. E eu me encontrava agora deitada na cama, mais uma vez - não mais tentando voltar ao sonho-, comendo chocolate e escutando música no note. Eu falava com a minha fada madrinha - a amiga do telefonema - no msn, quando, do nada, adormeci.

Sabe o que aconteceu? Eu voltei a sonhar. Agora, não mais com aquele conto de fadas do dia anterior. Ele era melhor. Era o meu conto de fadas. E quando eu despertei, não estava sonhando, era tudo real. Porque o meu para sempre, é todo dia. Ele tem bruxas, mas também tem uma linda fada madrinha. Ele é lindo e real. Nem tudo é feliz, mas é isso que o faz perfeito, porque a cada dia, eu tenho o meu FELIZ PARA SEMPRE.

2 comentários:

  1. Como eu já falei, eu estou encantada com esse post! Tá lindo demais e mais uma vez vejo que você é bem parecida comigo! Tá lindo mesmo, parabéns. Eu amei :)

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  2. Adorei este post, o seu blog esta muito lindo amei, um dia eu vou conseguir fazer um bonito tbm, bom isso eu acho que vai ser meio que dificil né.
    visita lá no meu blog e ver como ficou porfavor >>>> http://osadolecentees.blogspot.com/ <<<, se voce puder visite obg :*

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